Rubia Gouveia

CNV & Finanças

O abismo que há entre o que eu preciso, o que eu quero e o que eu faço ou peço

Sobre mim

Rubia Gouveia

@rubiagouveia

“Para quem não sabe o que quer, qualquer coisa serve”. Eu não podia discordar mais dessa frase.

Na minha opinião, para quem não sabe o que quer, NADA serve. É o que eu chamo de insatisfação crônica. Uma vida de fazer e consumir coisas que simplesmente não fazem sentido.

Eu resumi aqui e falei mais detalhadamente sobre cada pilar e eixos da Comunicação Não Violenta nos artigos anteriores, mas retomo nesse texto de maneira superficial para contextualizar:

Segundo a CNV, ao perceber um incômodo, é importante que eu saiba separar o que aconteceu - de fato - das histórias que me contei, depois identificar e nomear sentimentos para, a partir daí, investigar quais são as necessidades não atendidas estão por trás desse incômodo. Feito isso, fica mais fácil chegar a um pedido que realmente me atenda, não só na superfície.

Ou seja, depois de refletir e passar pelos eixos (empatia e autenticidade) e os 3 primeiros pilares (observação, sentimentos e necessidades), podemos estar preparados(as) para fazer um pedido. 

O problema é que na maioria das vezes queremos “pedir” ou “demandar” coisas por hábito, ou por achar que esse é o “normal”, sem saber o que está por trás disso. E é disso que vou falar hoje, pois custa muito caro para o nosso bolso querer coisas “porque sim”. 

Tudo o que fazemos ou pedimos é para suprir as nossas necessidades humanas universais

Vou repetir: Tudo o que fazemos é para suprir as nossas necessidades humanas.

O que são essas necessidades? Elas são o que nos conecta como seres. Todo mundo tem as mesmas necessidades. Sim, nós, seres humanos, queremos as mesmas coisas. E eu tenho uma lista com algumas dessas coisas aqui.

Mas o mundo está tão desconectado que só reproduzimos comportamentos, e o consumismo é a forma mais escancarada e evidente disso. A gente faz muita coisa, para ter mais dinheiro, para comprar e fazer mais coisas, “porque sim”. É assim que é. E esquecemos de nutrir as necessidades mais básicas como afeto, conexão, pertencimento (real, não ostentação), autenticidade, apoio…

Grande parte das pessoas estão quebradas, emocional e financeiramente, por consequência de querer muitas coisas, e abandonar o que realmente precisa. Então meu pedido hoje, é que você saiba se o que você quer pedir, se é mesmo importante ou só um tapa buraco, superficial. Um band aid para uma ferida  mais profunda. Na lista que deixei acima, pode haver uma pista sobre o que você precisa.

Às vezes queremos muito um sapato novo, quando o que precisamos mesmo é de um abraço.

O que você quer pedir hoje? Para quem? E se pudesse fazer um pedido para você mesmo(a)?

Se você não tiver clara a necessidade por trás disso, talvez o melhor seja não pedir nada por enquanto.

Custa muito caro fazer pedidos - para nós e para outras pessoas - que não nos atendem. Custa nossas relações, nossa saúde, energia… e muito dinheiro.

Muito obrigada e até a próxima semana?

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