É isso mesmo?
O primeiro pilar da CNV é o da observação. Nesse texto eu resumo os 4 pilares e hoje vou detalhar o primeiro deles, trazendo uma reflexão sobre a importância disso na nossa relação com o dinheiro.
A observação que separa fatos de interpretações, ajuda a identificar que aconteceu de fato e quais histórias eu estou me contando. O que tem de verdade aqui e o que é a “fumaça de opiniões” que me distancia dos fatos, de mim mesma e das pessoas. Uma das ferramentas usadas é a checagem, para garantir que eu entendi o que aconteceu ou foi dito e que a outra pessoa entendeu o que eu disse de fato. Ela nos dá a chance de garantir que estamos partindo do mesmo ponto para uma conversa, e que a gente não se perca nas interpretações ao longo do processo.
E o dinheiro nessa história?
Fato: “Fui recebida na loja com champagne e chocolate”
Interpretação: “Sou especial”
Fato: “Tenho 50 reais pra sair hoje”
Interpretação: “Se eu disser que não consigo ir naquele restaurante hoje, vão achar que sou uma quebrada, fracassada”
Fato: “Meu orçamento mensal é 3 mil reais”
Interpretação: “Sou pobre”
A gente se conta histórias o tempo todo, porque é natural do ser humano julgar ou interpretar, e isso não é errado. Mas é importante separarmos as coisas, para trazer mais clareza às situações, nos tirar do automático e nos conectarmos ao que é importante ali.
Eu posso só ter 50 reais e sugerir uma pizza ao invés do restaurante caro. Se para pertencer e me sentir uma pessoa querida, eu TENHO QUE frequentar X lugar e usar roupas Y, talvez precise cuidar da necessidade de segurança e autoestima até antes de querer ter mais dinheiro.
Quais histórias você tem se contado, pra justificar os últimos gastos?
Você quer saúde ou frequentar a academia mais cara?
Você quer mesmo estar com amigos ou postar aquele prato do chef famoso no Instagram?
Eu não vou deixar de julgar, mas aprendi a olhar pros meus julgamentos e entender que eles dizem mais sobre mim do que sobre as coisas que julgo ao meu redor.
Muito obrigada e até a próxima semana?