É negar ou rejeitar nossas vulnerabilidades que nos deixa frágeis. E mais pobres também.
Gostei muito da definição de masculinidade frágil no site da Ecycle: “A masculinidade frágil é a ansiedade que o homem sente ao acreditar que está se distanciando do que a sociedade denomina como padrões de masculinidade. Este sentimento pode motivar a pessoa a ter atitudes e ações compensatórias, que têm o intuito de restaurar as ‘verdadeiras’ ações masculinas”.
Sendo assim eu considero como “vulnerabilidade frágil”, a ansiedade que sentimos ao acreditar que estamos nos distanciando do que a sociedade denomina como padrões de força e resiliência. Este sentimento pode motivar a pessoa a ter atitudes e ações compensatórias, que têm o intuito de restaurar as ‘verdadeiras’ ações de pessoas “fortes” e “resilientes”.
E porque isso pode custar caro?
Porque é só quando eu admito que não estou não estou bem, que estou mais frágil ou vulnerável, eu posso fazer algo sobre isso. É preciso reconhecer para endereçar. Para oferecer presença. Para criar coragem de olhar para dentro.
Já falei algumas vezes em artigos anteriores sobre a importância de nomear sentimentos e necessidades. Mas antes é preciso se vulnerabilizar. Enquanto eu tento provar que sou forte e que “tá tudo bem”, eu tendo a “tapar buracos”, com coisas que o dinheiro compra, mas não resolve. E essa dinâmica pode custar muito caro.
O dia que você se atrasa, se sente mal ou inseguro(a), não é bom para tomar uma decisão. Muito menos uma dívida, porque você está vulnerável. Então muita atenção nos dias de maior vulnerabilidade e para todos os estímulos que possam te causar gatilhos, lembre-se: O DESCONTO É MAIOR QUANDO EU NÃO COMPRO. E talvez amanhã nem precise mais disso, que quero agora.
Já dizia Guimarães Rosa: "o que a vida quer da gente é coragem".
Nós não precisamos de um fiscal ou inimigo interno para nos "controlar", quando sabemos o que precisamos. E só saberemos assumindo que algo está estranho nessa relação consigo e com o dinheiro.
Às vezes a gente só quer pedir um delivery e se afogar na comida mais gostosa possível. Mas talvez o que a gente precisava mesmo era ligar e conversar com alguém. Essa é a diferença entre o “tapa buraco” caro e a opção mais estratégica (e que custa zero reais). Inteligência emocional e financeira caminham juntas… mas isso é assunto para um próximo artigo.
Muito obrigada e até a próxima semana?